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Daniela de Castro Teixeira vence o primeiro Brasileiro de Amazonas Super Top da história

Entre os dias 14 e 19 de novembro, a Sociedade Hípica Paranaense, em Curitiba - PR, recebeu o tradicional Campeonato Brasileiro (CBS) de Amazonas, uma disputa somente entre mulheres. Este ano, o CBS contou com duas categorias pela primeira vez: Aspirantes, 0.90m e Super Top, disputada a 1.40m. Outra novidade do concurso foi a premiação em espécie para esta categoria, que distribuiu R$ 30 mil para as seis primeiras colocadas.

A grande campeã da categoria Super Top foi Daniela Teixeira, com sua recém montada CS Donatello. A 2clac conversou com a campeã para conhecer um pouco mais sobre sua trajetória até este título inédito no Hipismo nacional. Confira:

Quando você começou a montar, Dani?

Monto desde os 8 anos, comecei a montar na Sociedade Hípica de Campinas (SHC), depois de passar as férias na fazenda de um tio avô e me apaixonar por cavalos. Ninguém na minha família montava, mas desde então não parei mais. Amo o cavalo e o esporte.

Como o Donatello chegou pra você? Quais as principais características dele?

O Donatello é da Sofia, uma aluna minha, chegou nas nossas cocheiras na SHC no início de outubro. Eu sabia da força, franqueza e capacidade dele, mas não tínhamos muito conjunto, então fomos nos entendendo ao longo do campeonato, e deu muito certo. Para mim, é um privilégio montar ele. Estou muito contente com a confiança dos proprietários no nosso trabalho, e ele mostrou isso na pista.

CS Donatello (Lord Z x CS Africa por Quantum) é um macho BH de 12 anos


A categoria Super Top é uma novidade deste ano no nosso esporte. O que achou da disputa no Brasileiro? E o que você achou do campeonato?

Achei o campeonato super bem organizado, é a primeira vez na história que tem a categoria Super Top, e é o primeiro campeonato com premiação em espécie. Foi muito legal porque elevou o nível, conseguiram realmente trazer as amazonas de alto rendimento para saltar a categoria.


Acho que é uma categoria que vai crescer nos próximos anos, o Brasil tem demanda para isso. E vai puxar cada vez mais as amazonas para saltar mais alto.

O nível técnico das pistas foi muito exigente, principalmente na final. A Érica é uma excelente armadora e armou muito bem. Acho que praticamente todas as categorias tiveram desempate.

Parabenizo a FPrH e a SHPr pela organização, os prêmios, brindes, estava tudo muito legal.

O Hipismo é uma modalidade única porque homens e mulheres disputam em igualdade. Você acha que faz sentido ter um campeonato só para mulheres nesse contexto?

Realmente, no nosso esporte homens e mulheres competem juntos o ano todo, mas eu acho legal ter um campeonato só para mulheres. Antes tinham muito mais homens que mulheres, hoje temos mais mulheres, em especial nas categorias até 1.20m. Acho que um campeonato de amazonas incentiva as mulheres a montar. E o nível do campeonato está muito bom.

Existe uma inversão na proporção de mulheres competindo quando falamos nas categorias de base x alto rendimento. Nas categorias mais baixas, o número de mulheres normalmente é maior que o de homens, mas nas categorias de alto rendimento essa realidade muda completamente. Essa é uma pergunta difícil, mas, na sua opinião, por que isso acontece no nosso esporte?

Eu acho que acabam chegando menos mulheres na prova forte porque, ou elas tem que ser profissionais, ou, o que eu acho que acontece com a maioria, é que elas acabam priorizando mais a família. Eu tive filho recentemente e quando você tem filho é difícil voltar, você acaba voltando com mais receio. Quem volta a montar prefere saltar mais baixo. Tudo muda depois que você tem filhos, e eu acho que a maioria das mulheres acabam priorizando a família.

Daniela de Castro Teixeira e CS Donatello

são o primeiro conjunto campeão brasileiro da nova categoria Amazonas Super Top (1.40m)


Hoje você atua como profissional no esporte?

Sim. Hoje eu trabalho com o Vitor Teixeira, meu marido, eu dou aula, monto, e não salto como Amadora. Além do Hipismo, trabalho com duas outras empresas, mas o esporte é minha atividade principal.


Como é o dia a dia de treinos de vocês?

O dia a dia é muito simples, normalmente o cavalo salta no máximo duas vezes na semana, e um dia da semana o cavalo descansa. É um trabalho bem objetivo, tentando ressaltar as características boas do cavalo, e tentando ajudar alguma dificuldade que o cavalo venha a ter. É voltado muito especificamente para cada cavalo.


Quais são seus próximos objetivos?

Vamos terminar essa temporada no Ranking de Campinas, no início de dezembro. E no ano que vem o objetivo é estar nos Clássicos e pegar mais conjunto com o Donatello, caso ele ainda esteja comigo e não seja vendido até lá.

Dobradinha da equipe Vitor Teixeira na categoria Super Top: 1º Daniela Castro Teixeira e CS Donatello 2º Monique Busato e RR Cornel du Lys


Conheça as outras campeãs que levaram o título Brasileiro de Amazonas em 2023:

Amazonas Top (1.30m):

Gabriela Munhoz e Haia Método Horse a Porter Top Horse: único conjunto campeão sem necessidade de desempate. Foram o único conjunto que zerou todos os dias de disputa da categoria


Amazonas (1.20m):

Maria Clara Gouveia e Chevaux SL Quidento foram os campeões da categoria Amazonas, com cinco percursos zerados e o tempo mais rápido do desempate.


Amazonas A (1.10m):

Hannelyze Wagner e Anis das Cataratas: o conjunto que conquistou o título Brasileiro de Amadores A em 2023, repetiu o feito no Brasileiro de Amazonas da categoria.


Amazonas B (1m):

Luiza Gabardo e Haras Fischer Camilla sagram-se campeãs na categoria Amazonas B


Amazonas Aspirante (0.90m):

O primeiro conjunto a escrever seu nome como campeão brasileiro de Amazonas Aspirante foi Beatriz Torga de Almeida e River BT.


Para conferir todos os resultados do CBS Amazonas 2023, clique aqui.

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