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Calendário de Nacionais 2022

Atualizado: 3 de ago. de 2022

Com um calendário que finalmente volta a se aproximar da normalidade pré-pandemia, a temporada 2022 de Salto está agitada para os cavaleiros que buscam disputar o Ranking CBH.


Em São Paulo, os Concursos de Salto Nacional (CSN) ocupam diversos finais de semana seguidos, em Brasília, provas que antes eram regionais, passam a ser nacionais. Enquanto em alguns polos os CSN ficam muito cheios e as provas acabam tarde da noite, em outras regiões os CSN ainda não tem tanta expressão.


O presidente da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), Fernando Sperb, o Fefo, analisa que “estamos tendo uma centralização de muitas inscrições em alguns concursos. Se sair do eixo SP, Rio, PR, começamos a observar concursos mais vazios. Então temos que pensar em como descentralizar essas participações, e ao mesmo tempo qualificar concursos, para que o mercado vá se regulando”.


“Temos que pensar na estrutura necessária para auxiliar os Comitê Organizadores (CO) para conseguir fazer esses campeonatos e, ao mesmo tempo, os CO que tem poucos concorrentes, possam ampliar, melhorar e trazer o mesmo nível de qualidade”, continua Fefo.


"temos que pensar em como descentralizar essas participações, e ao mesmo tempo qualificar concursos, para que o mercado vá se regulando" - Fernando Sperb

Além da pandemia, o cenário político do hipismo também foi apontado como um problema para realizar um calendário consistente nos últimos dois anos. “o mundo hípico viveu um momento político delicado e com certeza a redução no número de provas nacionais foi devido a esse problema. Este ano já conseguimos ter uma recuperação do calendário, que está bem preenchido com nacionais”, contou Guilherme Foroni, cavaleiro profissional de São Paulo.


Para o olímpico Stephan Barcha, foi importante que o calendário 2022 fosse bem definido logo no início do ano. “Facilita a nossa programação. Nos últimos dois anos, o segundo semestre ficou muito forte, porque tivemos cancelamentos no primeiro. Poder saltar o ano todo ajuda, mas é sempre importante saber individualizar os processos e saber o que é bom para cada cavalo. Não adianta achar que o cavalo pode saltar 52 semanas no ano. Para ter performance, são bem menos. Buscar performance tem a ver com um planejamento de curto, médio e longo prazo”, comentou.


"é sempre importante saber individualizar os processos e saber o que é bom para cada cavalo. Não adianta achar que o cavalo pode saltar 52 semanas no ano. Para ter performance, são bem menos" - Stephan Barcha

Fefo também completou que “são vários os efeitos da motivação dos concursos: acho que estão enchendo pelo retorno após a pandemia, mas também pela melhoria das premiações, as pessoas estão perseguindo mais isso. O mercado do cavalo aumentou nos últimos tempos e isso motiva os cavaleiros”.



Mas afinal, tudo isso é bom ou ruim para o esporte? O consenso entre os profissionais, é que é um bom sinal para a modalidade!


Everaldo Mendes, o Kareka, diz que apesar de que em um primeiro momento algumas provas podem ficar mais vazias por dividir o público, este é um caminho que aponta para o crescimento do esporte. “Para o mercado é bom ter muitas provas, as pessoas acabam investindo mais, comprando mais cavalos, indo para mais provas, porque querem participar e buscar o ranking. Afinal, se tem mais provas é porque tem pessoas se inscrevendo”.


Guilherme Foroni concorda: “Pode ser um momento transitório, mas vai gerar uma transição de mercado, incentivando o investimento e compra de mais cavalos, além da vinda de mais praticantes”.


O cavaleiro também falou sobre a importância de pensar na tropa e escolher de forma criteriosa as participações. “Hoje eu tenho um time de cavalos muito bom, eu consigo manejá-los da forma adequada para cada indivíduo e de acordo com o objetivo de cada um. Então um que vem nesse concurso, descansa semana que vem e vai no outro. Ou um cavalo que está bem em forma vai em duas provas. Mas um cavaleiro que não tem muitas opções tem que ficar atento ao calendário, fazer escolhas ou ter mais cavalos para acompanhar toda a temporada”, alertou Guilherme.


"vai gerar uma transição de mercado, incentivando o investimento e compra de mais cavalos, além da vinda de mais praticantes" - Guilherme Foroni

Porém, quando o assunto não é alto rendimento, alguns cavaleiros reclamam do custo mais elevado das provas quando elas passam a ser um CSN. Em Brasília, a solução encontrada pela FHBr (Federação Hípica de Brasília) foi realizar mais CSN para quem busca o Ranking CBH, mas criar também a Copa de Clubes FHBr. Este campeonato é composto por provas dentro das hípicas, em que não é preciso ser federado para participar, mas a FHBr auxilia na organização e divulgação do evento.


“Para quem quer disputar no ranking nacional, os CSN em casa são muito bons porque não é preciso viajar com os cavalos para pular. Quem não tem esses objetivos, pode achar CSN caro, mas tem outras opções, como as provas internas dos clubes. Só não podem deixar de realizar essas outras provas. Para que as pessoas possam escolher o que se encaixa melhor no objetivo delas”, comentou o profissional brasiliense Luiz Felipe Pimenta.

Calendário cheio e público de volta às arquibancadas


Sobre as efetivas mudanças para descentralizar as inscrições, o presidente da CBH diz que “a solução definitiva para tudo isso demanda mais tempo, mas pequenos detalhes já serão ajustados para o próximo evento, e assim sucessivamente. Ideias que nós estamos tendo: limitar o número de inscrições por evento, para que as pessoas se organizem mais e possam projetar participar de um ou outro campeonato, tal como acontece na Europa. Temos que começar a fomentar campeonatos que não tem toda essa atratividade, ou seja, aquelas pessoas que não conseguirem inscrições em campeonatos grandes, terão oportunidade em campeonatos menos procurados. E, claro, temos que dar auxilio, interagir com COs, para que a gente tenha cada vez mais qualidade em todos os níveis”, conclui Fefo.


Clique aqui e confira o calendário completo da Confederação Brasileira de Hipismo.


Fotos: por 2clac Texto: Isabella Campedelli

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